Gosto sempre de fazer balanços. Não só no final do ano, de x em x tempo faço balanços.

Sei que pode chocar mas não estou zangada com 2020.

Todos os obstáculos podem trazer-nos ensinamentos, novas perspectivas. Este ano olhei de outra forma para o carinho e para a liberdade. Sou uma pessoa de afetos, que adora um beijinho e um abraço sentido. Ver-me privada disso foi duro mas reforçou tudo aquilo que eu já sentia sobre “os colos”, sobre ancorar em portos seguros.
Gosto muito de viajar, de conhecer e aprender. Ver-me privada disso foi difícil mas reforçou o respeito pela liberdade. Reforçou o amor que já sinto pela minha casa e que passar mais tempo nela foi também aprender a respeitar ainda mais este precioso espaço.
Apesar disto, a pandemia trouxe-me uma coisa muito boa, uma maior abertura à Psicologia. Começou a ser “mais normal” ou “aceite” que a Psicologia fosse um recurso neste momento. Isto deixou-me muito feliz. Isto permitiu libertar algumas pessoas de alguns estereótipos. E, em prol da verdade, raríssimos foram os casos que acompanhei no âmbito das consequências da pandemia. Mas que ela permitiu que mais pessoas chegassem até à Psicologia, permitiu. Por isto, fico muito satisfeita.
2020 também me trouxe muita tristeza e incerteza pelos motivos que todos certamente partilhamos. Pelo medo da doença desconhecida, pelo receio da forma como isto iria afetar a minha vida pessoal e profissional, a nossa sociedade, a nossa economia, o nosso país, o nosso mundo. Fiz o teste apenas uma vez, temi pelo resultado apesar de não ter qualquer sintoma. Com o “negativo” veio o alívio, a gratidão e a valorização.
Neste sentido, pessoalmente, tentei usar a pandemia a meu favor e usar o confinamento como “tempo extra para o lar” (acho que prefiro esta nomenclatura!). E por saber que nem todos somos felizes neste lar é que continuo a acolher todos aqueles que me queiram procurar e a quem a pandemia desestruturou (ainda mais!) a vida.
Quem usa a pandemia para dizer publicamente que recorre a Psicologia, obrigada. Que ela termine rápido mas que deixe a marca da Psicologia na vida das pessoas, que permita que esta porta se mantenha aberta e que não precisemos de usar a “pandemia” como motivo. Que o motivo seja apenas a procura do nosso bem-estar.
  • O que aprenderam em 2020?
  • O que aprenderam sobre vocês em 2020?
  • O que queremos aprender / adquirir / atingir em 2021? Já temos plano de ação?
  • De 0 a 10, até que ponto estamos motivados para iniciar esse trabalho?
  • O que pretendem que seja diferente em 2021? O que é necessário mudar?
    A Psicologia pode ajudar?

Em 2021, contem comigo como até aqui, rumo aos vossos objetivos, à vossa saúde mental, bem-estar psicológico, ao vosso empoderamento.

Bem-hajam.

Querido 2020, foi duro mas também foi muito bom.
Obrigada!

Querido 2021, estou a precisar de matar saudades de algumas coisas. Espero que tragas essa possibilidade e também novas aprendizagens. Espero que reforces as novas competências/ ferramentas que 2020 nos permitiu adquirir ou reforçar.
Até já ❤️

Lídia Oliveira

Lídia Oliveira

Apaixonada pela Psicologia no geral e pela conjugalidade em particular.

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